Conmebol já reviu cartões de Romagnoli a Plata; relembre os principais casos

A anulação do segundo cartão amarelo aplicado ao atacante Plata, do Flamengo, antes do duelo de volta contra o Estudiantes, voltou a colocar em evidência os pedidos formais de clubes à Confederação Sul-Americana de Futebol para rever punições. Embora a medida não seja corriqueira, a entidade já analisou situações semelhantes na última década — com decisões favoráveis ou não às equipes.

2014 – Romagnoli (San Lorenzo)

O primeiro registro de cancelamento ocorreu em 2014. No empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, pelas quartas de final da Libertadores no Mineirão, o meia Leandro Romagnoli recebeu cartão vermelho direto aos 31 minutos do segundo tempo por suposta agressão a Marcelo Moreno. Sem VAR, o árbitro entendeu que houve agressão, mas imagens de TV mostraram simulação do atacante cruzeirense. O San Lorenzo recorreu, e a Conmebol liberou o jogador para a semifinal contra o Bolívar.

2016 – Calleri (São Paulo)

Dois anos depois, o São Paulo tentou livrar o atacante Jonathan Calleri. O 1 a 1 diante do The Strongest, em La Paz, garantiu o time nas oitavas. Ainda no gramado, uma briga generalizada terminou com a expulsão do camisa 12, envolvido em confusão com Pablo Escobar. O clube paulista argumentou que o argentino havia sido apenas empurrado, mas a Conmebol manteve a pena.

2017 – Kannemann (Grêmio)

Na temporada seguinte, o Grêmio buscou cancelar o terceiro cartão amarelo de Walter Kannemann, recebido no primeiro jogo da final contra o Lanús. A advertência, por falta em Guerreño, tiraria o zagueiro da partida decisiva, na Argentina. O recurso não prosperou e a suspensão foi mantida.

2018 – Dedé (Cruzeiro)

Em 2018, o Cruzeiro apelou pela absolvição de Dedé. No duelo de ida das quartas de final contra o Boca Juniors, na Bombonera, o defensor foi expulso aos 31 minutos da etapa final após choque acidental de cabeça com o goleiro Andrada. A Comissão de Arbitragem da Conmebol enviou comunicado aos árbitros esclarecendo que lances desse tipo não configuram jogo brusco grave. O cartão vermelho foi revogado, e o atleta atuou no jogo de volta, no Mineirão.

2023 – Matheus Araújo (Corinthians)

No ano passado, o Corinthians apresentou defesa em favor do meia Matheus Araújo, expulso na vitória por 2 a 1 sobre o Universitario, no Peru, pelos playoffs da Sul-Americana. Imagens comprovaram que o jogador não participou do tumulto. A Unidade Disciplinar aceitou o argumento, retirou a suspensão do camisa 35 e transferiu a punição para o goleiro Matheus Donelli.

2025 – Plata (Flamengo)

O episódio mais recente envolve Plata. Aos 38 minutos do segundo tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Estudiantes, no Maracanã, o equatoriano foi advertido pela segunda vez e expulso por suposta solada. O atacante, porém, havia chegado primeiro na bola e acabou atingido pelo zagueiro adversário. O VAR detectou o erro, mas não pôde interferir por se tratar de segundo amarelo. O Flamengo recorreu, e a Conmebol anulou o cartão, liberando o jogador para a partida decisiva na Argentina.

Embora não seja prática corrente, os casos mostram que a entidade sul-americana analisa individualmente cada solicitação, levando em conta imagens, relatórios e regras específicas do protocolo de arbitragem.

Com informações de ge.globo.com


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